“...só...” (Dt. 32:12)
Era íngreme a subida, porém pelo caminho
As vozes animadas, dos outros, me animavam.
Então pensei que assim seria até lá em cima.
E com isso me alentei. Porém, a certa altura,
Um trilho apareceu, estreito e perigoso;
E o Mestre me falou: “Meu filho, neste trecho
É muito mais seguro andar comigo só”.
Estremeci... porém, confiante em seu amor,
Eu disse: “Sim, Senhor”.
O Mestre me tomou a mão ainda tremente,
E com ela o coração, que todo se entregou:
Nele tudo lançando: dele tudo esperando,
E na vereda estreita, só nele me apoiando.
A ninguém mais eu vi, senão Jesus somente.
Porém, que horas sublimes, que doce companhia;
E conversou comigo, e trouxe-me confortos,
Exortações, ensinos, e abriu-me tais tesouros
De seu amor por mim.
Que todo o ser lhe abri, contando-lhe os meus ais
E dele fui bebendo ; e mais, e mais e mais...
Então eu percebi meus passos tão mais leves
E que uma luz sem par cercava o meu caminho
A luz que só nos vem de andarmos com Senhor
E fui andando assim...
Daqui a um pouco mais, ali nós estaremos,
A ver quantos queridos, há tanto separados...
Gozo sem fim será. Juntos, os peregrinos
Terão para recordar memórias as mais doces.
Da suficiência, aqui, da graça do Senhor.
E ali, nas ruas de ouro – eu gosto de pensar...
Entre as recordações da caminhada aqui,
Que bom será lembrar ( toda vez com louvor)
Aquele dia escuro, aquele trilho estreito
Que Jesus nos chamou a subir, passo a passo
Confiando nele só, e provando o seu braço!
Adaptado
“NÃO HÁ UM MONTE ALTO SEM QUE HAJA UM VALE FUNDO AO LADO.
NÃO HÁ NASCIMENTO SEM DORES DE PARTO”. Dan Crauford
Fonte: MANANCIAIS NO DESERTO
Autora: Lettie Cowman
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